
"Dada a idade avançada e as condições de saúde de [Merrill] Newman, exigimos à República Democrática Popular da Coreia que liberte o sr. Newman para que possa voltar para casa e juntar-se à sua família", disse a porta-voz do Conselho Nacional de Segurança, Caitlin Hayden, referindo-se ao cidadão californiano.
Quanto ao segundo norte-americano, Kenneth Bae, Hayden recordou que está preso na Coreia do Norte há um ano.
"Continuamos a exortar as autoridades norte-coreanas para que o amnistiem e o libertem imediatamente", afirmou Hayden.

Este sábado, a Coreia do Norte confirmou a sua detenção "por atos hostis" contra o país comunista, e anunciou que o norte-americano escrevera um pedido de desculpas em que confessava os seus alegados crimes.
Foi a primeira vez que o Estado norte-coreano admitiu ter detido Newman, que a família diz ter sido detido a 26 de outubro, pouco antes de partir de Pyongyang, após uma visita de 10 dias.
Segundo a agência oficial norte-coreana, KCNA, Newman cometeu os crimes tanto enquanto turista como durante a sua participação na Guerra da Coreia, há 60 anos, e publicou um pedido de desculpas de quase 600 palavras - partes das quais escritas em mau inglês - no qual confessa os seus crimes.
Newman é acusado de violar "a dignidade e a soberania" do Estado norte-coreano e de "difamar o sistema socialista, o que é contrário ao objetivo da viagem", diz a notícia.
O norte-americano teria também planeado atividades de espionagem e de subversão durante a guerra de 1950-53, tendo alegadamente estado envolvido na morte de soldados e civis norte-coreanos", acrescenta.
Kenneth Bae é um operador turístico de 45 anos e foi detido no ano passado e condenado a 15 anos de trabalhos forçados por alegadamente ter tentado derrubar o governo.
O tribunal descreveu Bae, também conhecido pelo seu nome coreano Pae Jun-Ho, como um cristão evangelista militante que levou material inflamatório para o país e tentou estabelecer uma base subversiva em Rason.

O Departamento de Estado dos EUA emitiu recentemente um aviso em que apela aos norte-americanos para que evitem viajar para a Coreia do Norte, que teria "detido arbitrariamente cidadãos norte-americanos sem os deixar partir do país".
A Coreia do Norte é um dos Estados mais secretos do mundo e é muito difícil verificar as informações oficiais.
Considera-se que o regime comunista governa o país com mão de ferro, com execuções públicas frequentes e que mantém cerca de 200 mil presos políticos em campos de trabalhos forçados.
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